SÉCULO XIX NO BRASIL (II): A MODERNIZAÇÃO DA ARTE
O Brasil passou por um período de crescimento econômico, estabilidade social e incentivo às letras, ciência e arte por parte do imperador dom Pedro II.
A arte, entretanto, ainda refletia a influência da escola conservadora europeia.
Na pintura desse período destacam-se, as obras dos brasileiros Pedro Américo, Vítor Meireles e Almeida Júnior, que estudaram na Academia Imperial de Belas-Artes.
O paraibano Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1950) foi para o Rio de Janeiro em 1854 e frequentou a Academia. De 1859 a 1864 estudou na Escola de Belas-Artes de Paris. Pintou temas bíblicos e históricos, retratos, alegorias e figuras humanas.
De sua obra destacam-se a Rabequista árabe e a Independência ou Morte.
Pedro Américo foi à Europa na época em que começavam as primeiras manifestações impressionistas, mas se manteve fiel à Academia: sua pintura refletia a tradição da pintura de idealizar a realidade, dando-lhe formas belas.
Curiosamente, como era um excelente desenhista, fez também caricaturas, criação que depende bastante da capacidade de observação do artista.
Nelas exagera-se com intenção de humor alguma característica do retratado. Seu prestígio nesse campo lhe permitiu participar, em 1870 e 1871, de uma revista de caricaturas chamada A Comédia Social.
O catarinense Vítor Meireles de Lima (1832-1903) foi ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde se matriculou na Academia. Visitou a França e Itália e conheceu melhor o trabalho dos pintores desses países. Em Paris produziu sua obra mais famosa. A primeira missa no Brasil, exibida com grande sucesso no salão de Paris em 1861.
José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899), por vezes considerado o mais brasileiro dos pintores do século XIX, nasceu no interior de São Paulo. Em 1869 começou a frequentar a Academia, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Vítor Meireles. Viveu em Paris entre 1876 e 1882.
De volta ao Brasil, fez uma exposição no Rio de