A afetividade
Quando nos perguntam sobre o nome desse tipo de casa preferimos
chamálas de "refúgios"... Refúgio é um termo que transcende puramente o arquitetônico, trata mais de "abrigo”, "proteção" do que de "casa" em sua concepção mais clássica. Nesse caso, suprimimos conceitos relacionados a “edificar”, “erigir” sinônimos de pesada intervenção humana. A tecnologia construtiva, materiais e espaços foram pensados em função destas “chaves”... não se trata de uma casa.. é algo mais leve, sutil. Pensamos na analogia de um acampamento: construção discreta, íntima e mínima. O complemento acontece nas áreas de convívio. Como limite superior somente a copa das árvores ou simplesmente o céu. O programa reflete este conceito: simples e conciso. Duas suítes, dispostas em lados opostos da planta, com aberturas controladas, preservam a intimidade dos casais (como barracas em um acampamento) complementada pelo espaço intermediário, totalmente transparente, onde se situa espaço de convívio com cozinha integrada, estar e varanda; o banho e a despensa complementam o programa distribuído em
60 m².
Um contexto único
O Refúgio Juquitiba, afastado da congestionada São Paulo, goza de qualidades ambientais ímpares, caracterizandoo como um lugar único. Nos propusemos atuar de maneira responsável com o entorno, tomando algumas decisões estratégicas:
Frente ao uso do solo: preferimos a opção de menor impacto, ou seja, a casa fica elevada do terreno. Frente à área natural descartada, decidimos incorporála como parte fundamental, replantando a própria vegetação existente na cobertura.
Frente ao desperdício das formas irregulares: propomos a coordenação modular dos materiais de construção propostos,