John Locke e o individualismo liberal

John Locke e o individualismo liberal
Leonel Itaussu Almeida Mello

John Locke era um político liberal que defendia a deposição de Jaime II. Durante a conspiração de Shaftesbury contra Carlos II, John Locke redigi Os Dois Tratados de Governo e os publica em 1690 após o triunfo da Revolução Gloriosa.
O Segundo Tratado é a primeira e mais completa formulação do Estado liberal, no qual Locke faz um ensaio sobre a origem, a extensão e o objetivo do governo civil, afirmando que o poder político legítimo tem o consentimento como única fonte.
Para Locke, o estado de natureza dos homens era um estado pacífico de harmonia, onde todos os indivíduos eram iguais e livres. Nesse estado de natureza, o homem possuía alguns direitos naturais: a propriedade privada, a vida e a liberdade. Já Hobbes, o estado de natureza do homem era um estado caos e de guerra iminente, no qual os homens viviam isolados numa competição pela sobrevivência.
Diferente de Hobbes que substituía totalmente o estado de natureza pelo contrato social, no qual o homem teria que abrir mão de todos os seus direitos em troca de proteção, Locke insere ao estado de natureza, a Criação de um Estado através do contrato social. Nesse caso, o homem não abre mão dos seus direitos naturais.
O Estado civil criado pelo primeiro contrato social é formado por um corpo político único, dotado de legislação, de judicatura e da força concentrada da comunidade. Estabelecido o Estado civil, Locke afirmava que o próximo passo era escolher uma forma de governo. Dessa forma, o segundo contrato social tinha como objetivo escolher um modo de governo que fosse capaz de evitar e resolver possíveis conflitos internos, preservando a propriedade de cada um e protegendo a comunidade de invasões estrangeiras. Assim, o homem abre mão do direito de fazer justiça por si mesmo.
Locke acreditava que o povo teria direito à resistência para defender-se de um governo tirano que deixa de cumprir o fim a que fora destinado ou para libertar-se do