O que é ensinar? Como ensinar? Porque ensinar e para quem? Qual é o papel do professor? A idealista e iniciante professora Erin Gruwell assume a turma do 1º ano do Ensino Médio, para lecionar as disciplinas de Inglês e Literatura cheia de expectativas. Mas depara-se com alunos agressivos, desmotivados e violentos, a maioria membros de gangues. Para piorar, a própria escola subestimava esses alunos, achando que eram casos perdidos. Aqueles alunos nutriam uma autoestima baixíssima e grande desconfiança e desprezo pelas instituições, por isso rejeitaram a professora. Mesmo assim, ela ainda conseguiu enxergar uma luz no fim do túnel, vendo naquela turma, pessoas inteligentes e com grande potencial de aprendizagem. No entanto, ela teve a percepção de que os métodos tradicionais não surtiriam efeitos, os alunos iriam terminar o ano sem aprender nada, ela precisava sensibiliza-los e permitir que eles ajudassem a construir o processo de aprendizagem de acordo com suas necessidades e realidades. Esse processo só se inicia quando os alunos percebem que a professora estava realmente interessada na história pessoal de cada um deles, e que faria tudo ao seu alcance para ajudá-los a desenvolverem. Segundo Vygotsky, nos apropriamos dos conhecimentos culturais e sociais através de um mediador mais experiente. Todos os conhecimentos que nos são externos, inicialmente, vão sendo internalizados na medida que nos relacionamos com a figura do mediador. Isso nos leva ao conceito de zona de desenvolvimento proximal: ensinar o que está próximo da capacidade de aprendizagem do sujeito, sempre vendo além, impulsionando o desenvolvimento do aluno. A escola não pode ficar repetindo o que o aluno já sabe, pois isso é improdutivo; nem deve se adiantar demais, atropelando o aluno. Antes, deve instigá-lo a fazer o que não sabe, mas tem potencial de fazer com a ajuda do professor ou sozinho. Ou seja, quando o aluno já consegue