Violência: uma construção coletiva que se concretiza no comportamento individual do sujeito
Maria da Graça Maurer Gomes Türck
Assistente Social
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- 2006 -
Assistente Social Maria da Graça Maurer Gomes Türck
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História de Vida de Maria
A mãe, Eli, 38 anos com 05 filhos, quatro de sua união com Arno e uma filha mais velha, Bia, (17 anos) de união anterior, foi criada pelo padrasto desde 01 ano de idade. Segundo relato, Arno, pai da adolescente, alcoolista, era dono de dois armazéns, com os quais sustentava toda a família. Vinha abusando sexualmente da enteada desde os 05 anos, tendo com esta, dois filhos de 03 e 01 ano. A mãe ignorava a paternidade de seus netos, acreditando serem fruto de relações sexuais eventuais da adolescente. Arno também abusava sexualmente de sua filha biológica, Maria (14 anos) desde os 09 anos. Essa violência perpetuada cotidianamente era “ignorada” por toda a família, cujo “segredo” veio a tona após o assassinato de Arno, perpetuado pela sua filha biológica Maria.
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Para o Serviço Social Compreender a Violência, no Âmbito Familiar é necessário se apropriar
Da violência construída coletivamente, e expressa no comportamento do sujeito a partir de suas relações.
Relação Capital Trabalho
Logo, para trabalhar com a violência é necessário se apropriar da Questão Social como um espaço de tensionamento entre o capital e o trabalho, gerador das desigualdades sociais na permanente violação de direitos.
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Questã o Social Desigualdade s sociais
Portanto, a violência como uma expressão da Questão Social é de responsabilidade coletiva e pode se manifestar em três espaços com muita intensidade:
Nas instituições Nas famílias Uma violência explicitada pela violência sexual, física e emocional, como na situação da adolescente Maria.
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Nos espaços sociais de convivência
Uma violência que