adolescentes e jovens
Tem crescido a atenção dirigida aos jovens nos últimos anos no Brasil, tanto por parte da “opinião pública” (notadamente os meios de comunicação de massa) como da academia, assim como por parte de atores políticos e de instituições, governamentais e não governamentais que prestam serviços sociais. (ABRAMO, 1997)
Segundo Brasil (2005) a Organização Mundial da Saúde circunscreve a adolescência à segunda década da vida (de 10 a 19 anos) e considera que a juventude se estende dos 15 aos 24 anos. Esses conceitos comportam desdobramentos, identificando-se adolescentes jovens (de 15 a 19 anos) e adultos jovens (de 20 a 24 anos).
Nos países em desenvolvimento, há cerca de quatro décadas vem sendo reconhecida a importância demográfica da faixa adolescente, visto que este grupo, além de representar aproximadamente 25% da população geral, tem seus principais riscos à saúde e causas de morbimortalidade relacionados ao meio ambiente, com destaque para as conseqüências da violência, os acidentes e a contaminação por doenças, resultantes das precárias condições de vida e iniqüidade social a que está submetida a maior parte das populações desses países.( Formigli et al, 2000).
Formigli et al, (2000) relatam que tradicionalmente, três critérios são considerados, do ponto de vista da saúde pública, quando se trata de priorizar a assistência à saúde como demanda social a um determinado grupo: magnitude, transcendência e vulnerabilidade.
Entretanto, conforme ressaltam Ayres & França Jr. (1996, apud Formigli et al.) , não existe uma perspectiva única para formular programas de atenção à saúde do adolescente, já que eles não constituem um grupo homogêneo, mas sim um conjunto de individualidades, e os critérios técnicos não recobrem a totalidade dos interesses e saúde dos adolescentes.
Com estas observações, os autores acima mencionados reconhecem que é justificado o desenvolvimento de ações programáticas voltadas à adolescência, por tratar-se de um grupo social