violência na escola
COLOMBTER, Claire; MANGEL, Gilbert; PERDRIAULT, Marguerite
Logo no prefácio do livro os autores indicam o modelo autoritário, de fonte republicana e indutor da passividade, como um complicador para um desenvolvimento prazeroso da atividade escolar. Neste caso, a formação de um Conselho Cooperativo, em que os alunos sejam convocados a reflexão e participem efetivamente das deliberações pode romper com o autoritarismo nas salas de aula e consequentemente contribuir para diminuir o problema da violência nas escolas, afirmam.
Para que o Conselho Cooperativo seja legitimo mediador conflitos e espaço de reflexão, a comunidade, ou grupo escolar, deve
constituir suas próprias leis locais e
reconstituí-las de tempos em tempos, se necessário. A implicação dos alunos na formação de um código comum de conduta distribui o poder que antes ficava concentrado na figura do professores e/ou diretores das instituições escolares. A reflexão acerca dessa experiência é o que forma e capacita o aluno – cidadão a resolver problemas de ordem legislativa e executiva em outras áreas de atuação, para alem da escola.
Os autores admitem que a instituição desses Conselhos não é uma tarefa simples e exige formação adequada para os professores, o amparo de um Grupo de Pedagogia
Institucional, ao qual caberia um fomento com publicações e monografias, por exemplo.
Enquanto ‘conselheiro cooperativo’ o professor estaria em pé de igualdade com os alunos legisladores. Trata-se de encontrar um novo posicionamento, portanto.
Quanto a violência nas escolas, entende-se que ela não deve ser negada ou colocada as margens do processo de formação. Encarar e tratar esse problema é o objetivo do livro apresentado na introdução do livro. Convém entender que a violência exercida pelos alunos é, em parte, reação, “atos de vingança” frente à severidade e à repressão, às grades e às punições, à uma ordem hierárquica e aos uniformes dos quais não se