Violência nas escolas
DE VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS
NÚCLEO PARÁ
II CONGRESSO IBERO-AMERICANO
SOBRE VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS
MATRIZES ESTRUTURAIS E CULTURAIS NA GERAÇÃO DA VIOLÊNCIA
NAS ESCOLAS
Geraldo Caliman*
RESUMO: O estudo parte de algumas hipóteses sobre a violência nas escolas e de suas manifestações em diversas categorias. São utilizadas categorias interpretativas da Sociologia do
Desvio, que nos permitem uma leitura dos condicionantes externos da violência (em perspectiva estrutural) como também daqueles que se encontram presentes nas atitudes, valores e crenças, no quotidiano das pessoas (perspectiva cultural). Uma leitura em perspectiva estrutural delinea algumas teorias ligadas à socialização e integração social, à ecologia urbana, à desorganização social do território e à aceleração dos processos de mudança social, como de industrialização e de modernização. É uma interpretação que contempla os condicionamentos externos em nível macro social geradores de mal-estar social e de reações de tipo marginalizante e violento. Uma leitura em perspectiva cultural mostra como ocorrem certas dinâmicas da criação e transmissão de valores, atitudes, crenças a nível micro social e na relacional na vida quotidiana. São analisados potenciais geradores de violência como a percepção das desvantagens alimentadas pelo sentimento de privação relativa, de desigualdade social e pelos fatores de risco externos e internos aos sujeitos.
Palavras-chave: violência; escola; desvio social; risco social; delinquência juvenil
A violência é, em geral, descrita como uma característica da natureza humana. É pois considerada como momento de reação dos indivíduos diante das ameaças externas ou das frustrações internas. Diante de tais sentimentos – quase sempre negativos – a natureza humana tende a solicitar a interferência da agressividade, para administrar os conflitos inter-pessoais e inter-grupais.
A agressividade pode exprimir-se também nas formas da