Verdade na Arquitectura
“Criar e recriar é tudo a mesma coisa. O artista está sempre sofrendo influências. Quanta gente por este mundo não sofre a minha influência? E não cobro direito autoral “
Roman Polanski
Até que ponto é legitimo apropriarmo-nos de ideias de outrem? Porque motivo um arquitecto copiaria uma grande obra? Mas se existe uma linha de pensamento que está por detrás da cópia, até que ponto se trata apenas de uma mera cópia?
Arquitectura é a arte de bem copiar, já há muito se diz. Desde sempre a apropriação de ideias, formas, imagens existiu na arquitectura. De forma mais subtil ou de forma mais descarada, quase todos os arquitectos, a não ser os verdadeiros génios (se estes existem), usam referencias visuais na concepção de projecto. É algo que o ser humano tem tendência a fazer, apropriar-se do que aos olhos dele é bom e útil, e guardar na memória para referencias futuras.
No que toca a arquitectura quando “rouba-mos” um projecto (aspectos físicos e visíveis), reconstíumos-lo noutro lugar e talvez de uma outra forma. Desta forma a ideia de roubo é reconsiderada, mas não deixa de ser ao olhos de todos uma forma descarada de fazer arquitectura. Quando nos apropriamos de uma ideia de projecto torna-se mais difícil, uma vez que existe toda uma maneira de interpretação que influencia o aspecto final/físico do projecto. Em certos casos apenas se procura alguma inspiração, noutros apenas se copia e se tenta sustentar a cópia com uma razão lógica.
Corbusier por toda a sua obra foi alvo de vários plágios. Alguns mais directos Ronchamp Chapel -> Church of the Crucifixion (Harlem NY), Villa Savoye -> Institute of Aboriginal and Torres Strait Islander Studies (Camberra AUS), onde a semelhança da forma é claramente visível. Outros mais subtis Covent de La Tourette -> St Peter’s Seminary (Glasgow, SCO) onde a forma não é claramente visível mas a ideia de concepção de espaço é igual.
Mas tudo isto acontece se houver conhecimento de tal