Universidade Publica
A Unesp, assim como as demais universidades públicas, é financiada pelo Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS), tributo este cobrado de toda a população brasileira, por isso é pública, por isso deve servir aos cidadãos e cidadãs. Sendo assim, a sua primeira incoerência é o vestibular, o qual seleciona um número restrito de estudantes para usufruir de seus serviços, fato decorrente da falta de estrutura suficiente para atender a todo o povo. Além disso, o método avaliativo de seleção aplicado na prova busca medir um grau de conhecimento conteudista e meritocrático, favorecendo progressivamente aquelas pessoas que tiverem mais acesso a educação de qualidade e aos aportes complementares, como por exemplo cursinho pré-vestibular e cursos de inglês. Ao inserirmo-nos neste meio, passamos a fazer parte de uma elite privilegiada mantida pelo trabalho da sociedade, cabendo a nós as reflexões: “Por que estamos aqui?”; “Para quê estamos aqui?”
No Brasil as universidades seguem um modelo europeu de organização cuja base sustenta-se em um tripé: O ensino, a pesquisa e a extensão. O ensino, propriamente dito, refere-se ao compromisso de cada professor e professora em estarem aptos a ensinar, tendo a função de dirigir disciplinas da grade curricular e optativas, além de ministrar palestras ou debates; A pesquisa é responsável por desenvolver e aprimorar o conhecimento que se concentra na universidade, tanto por docentes, quanto por graduandos, pós-graduandos, mestrandos e doutorandos; Por fim, mas não menos importante, a extensão é incumbida de expandir a estrutura física e conceitual da academia para a sociedade, promovendo projetos capazes de atender mais pessoas, além do que apenas nosso número restrito de gente que conseguiu entrar na universidade.
Em geral, o ensino deveria acompanhar os progressos da pesquisa e alcançar extensões pra fora dos muros da instituição, mas este ideal não se concretiza devido as suas