historia da arte e historia do brasil
As mais antigas manifestações de pinturas rupestres no Brasil encontram-se na serra da Capivara, no Piauí,[1] datando de cerca de 13000 a.C. Em Pedra Pintada, na Paraíba, foram encontradas pinturas com cerca de 11 mil anos de idade e, em Minas Gerais, chamam atenção os registros de arte rupestre localizados em várias cavernas do vale do Peruaçu, que se distinguem por seus raros desenhos de padrões geométricos, executados entre 2.000 e 10.000 anos atrás. São igualmente dignas de menção as pinturas de animais descobertas em grutas calcárias no vale do rio das Velhas, em Lagoa Santa, Minas Gerais.[2]
Na documentação arqueológica brasileira, predominam o uso de materiais como osso, chifre, pedra e argila, para a confecção de objetos utilitários (recipientes, agulhas, espátulas, pontas de projétil), adornos (pingentes e contas de colar) e cerimoniais, atestando uma preocupação estética observável, sobretudo, na extraordinária variação de formas geométricas e no tratamento das superfícies e dos retoques.[3]
Vasilhame de cerâmica das civilizações de Santarém. Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém.
Índio bororo com cocar e pintura corporal.
Arte indígena no Brasil
Do período entre 5000 a.C. e 1100, há vestígios de culturas amazônicas com alto grau de sofisticação na fabricação e decoração de artefatos de cerâmica, como as da ilha de Marajó e da bacia do rio Tapajós, onde se registra a presença de complexos vasos antropomorfos e zoomorfos, com suportes e apliques ornamentais. Ainda no contexto amazônico, são dignos de nota as estatuetas de terracota, sobretudo com representações femininas e de animais, e os objetos de pedra, como os pingentes representando batráquios (muiraquitãs).[4]
São igualmente importantes as cerâmicas encontradas na costa maranhense (tradição Mina, c. 3200 a.C.) e no litoral baiano (tradição Periperi, c. 880 a.C.), com difusão ampla e diversificada, atingindo certas áreas meridionais já em plena era cristã.