Uma Idéia Toda Azul
(Título provisório)
“O teatro é coisa séria. É a mais extensa e concorrida escola pública da boa ou má educação do povo”.
Joaquim Manoel Macedo (1820-1882)
Memória da Rua do Ouvidor
Cláudio Marcoh
A Idéia
Meu interesse pelo meio artístico foi despertado inicialmente nos grupos de amigos de bairro e nos eventos e programas sociais voltados para atividades culturais, por isso tenho consciência da importância de experiências como estas na formação da personalidade do indivíduo e da necessidade de uma atuação constante do Poder Público.
Minha proposta inicial mais do que formar artistas é acentuar o lado de modificador social que as artes possibilitam, viabilizando o desenvolvimento intelecto-sensorial dos alunos, ciente de que a arte como linguagem educacional, vem sendo aplicada – mesmo com algumas resistências de acadêmicos mais conservadores – para despertar o senso de cidadania nos seres humanos, ampliando nos mesmos, o interesse pelas questões relacionadas ao seu bem estar social e de sua comunidade, criando assim cidadões mais críticos e pensadores com o mundo ao seu redor.
Acredito também que para alcançar este caráter modificador, a arte não precisa ser enfadonha, mas deve sim ser divertida.
Aprender brincando!!
Foi este desejo que me levou ao encontro de mestres como Olga Reverbel, Viola Spolin, Piaget, Silvino José Fritzen, Sarmento de Lima Morgado, Jerzy Grotowski, Antunes Filho, Paul Klee, entre outros, que me fomentou o interesse e o desejo de aliar a uma mesma montagem cênica, técnicas distintas, mas ao mesmo tempo complementares, criando com este conjunto uma linguagem experimental poderosa, com alto poder de síntese, rica de possibilidades estéticas e capaz de proporcionar impacto múltiplo e diversificado.
A busca desta ideia vem se alicerçando ao longo dos últimos nove meses, em um trabalho