Uma História Social da Mídia De Gutenberg à Internet
Autores- Asa Briggs e Peter Burke
Na Europa, em meados de 1450, surgiu a invenção da prensa gráfica. Há quem diga que Johann Gutenberg de Mainz inspirado nas prensas de vinho de sua cidade natal foi o inventor.
A impressão na china e no Japão já era praticado há muito tempo desde o século VIII, se não antes. O método utilizado era chamado de “impressão em bloco”, usava-se um bloco de madeira entalhada para imprimir uma única página de um texto especifico.
O Habito da impressão gráfica se espalhou pela Europa e por volta de 1500 havia sido instalada máquinas em mais de 250 lugares na região. As gráficas produziram cerca de 27 mil edições até o ano de 1500 e sendo assim cerca de 13 milhões de livros estavam circulando naquela data em uma Europa com cem milhões de habitantes.
No século XVII os esforços de czar Pedro, o grande (reinado de1686 a 1725), que fundou uma gráfica em São Petersburgo em 1711, seguida pela gráfica do senado em São Petersburgo e Moscou, da gráfica da Academia Naval(1721) e da gráfica da academia de ciências (1727). A localização dos desses estabelecimentos sugere que o czar estava interessado em aprendizado e educação, de modo a tonar os russos familiarizados com a ciência e a tecnologia moderna. O fato dos materiais terem chegado tarde A Rússia, mostra que a revolução da impressão gráfica não era um fator independente e não se ligava somente a tecnologia. Essa revolução precisava ter condições sociais e culturais favoráveis para disseminar.
Já no mundo mulçumano, a resistência à impressão gráfica, ficou forte durante a era moderna. Na verdade os países mulçumanos são vistos como uma barreira à passagem dos impressos da China rumo ao Ocidente. De acordo com o embaixador imperial em Istambul, os turcos pensavam ser pecado imprimir livros religiosos tanto é que em 1515, o sultão Selim I (reinado de 1512 a 1520) ordenou que a prática da impressão teria uma punição que seria a morte. No