Um mundo sem sentido, seria possível?
A todo o momento estamos usando nossos sentidos, seja para ver, ouvir, sentir, saborear ou cheirar. Seria possível viver sem eles? Há algumas pessoas que já vivem sem, por lesões causadas por questão genética, problemas de saúde e acidentais. Na ausência desses órgãos sensoriais esses humanos conseguem apurar outros sentidos, criando estratégias para realizar atividades cotidianas. Mas para uma pessoa “normal”, como seria viver sem um dos sentidos?
No trabalho proposto pelo Componente Curricular: Processos Básicos I foi solicitado a experiência de viver um dia sem um dos sentidos. Nosso grupo ficou responsável pelo paladar, assim, teríamos que ficar um dia sem sentir o sabor dos alimentos. Passei muitos dias tentando imaginar qual seria a forma ideal de comer sem sentir o sabor, foi ai que me veio a ideia de forrar a língua, e para isso, utilizei um saquinho plástico de geladinho. Inicialmente foi difícil, pois havia uma dificuldade tremenda em colocar a embalagem na língua, depois pelo incômodo que o material causou.
Como utilizei material plástico, não poderia comer nada quente, para evitar que derretesse, então pela manhã deixei de tomar o tradicional café, substituindo por suco. Ao tomar o primeiro copo tive a sensação de estar com a língua dormente, porque o alimento descia e não sentia o sabor. Ele tocava no final da língua, mas a sensação era de estar apenas se alimentando de uma comida sem gosto.
Optei por não merendar as 10:00 e 15:00 horas, pois teria que no ambiente de trabalho (escola) ter que fazer todo ritual para “forrar a língua”. Meio dia, não quis comer carne, pois saberia que no movimento da mastigação, o “saquinho” sairia do lugar. Comi arroz e feijão, mas o engraçado foi na hora que resolvi pegar um pedaço de tomate, na ansiedade de sentir a acidez do vinagre.
À noite, quase findando a experiência, resolvi comer bolo com suco, resultado, foi