ULCERAS
Perforated peptic ulcer
Luiz Alberto Peroza Marin
Especialista em Cirurgia Geral pelo Departamento de Cirurgia Geral da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Ruy Garcia Marques assistente do Departamento de Cirurgia Geral da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Trabalho realizado no Departamento de Cirurgia Geral do
Hospital Universitário Pedro Ernesto - Faculdade de Ciências Médicas -
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Unitermos: úlcera péptica perfurada, úlcera duodenal, úlcera gástrica.
Unterms: perforated peptic ulcer, duodenal ulcer, gastric ulcer.
Introdução
O primeiro caso documentado de uma perfuração péptica duodenal foi encontrado em uma múmia do ano 167 a.C(1). Embora desde os primórdios da era cristã já houvessem referências de Celsus, no século I, e Galeno, no século II, sobre úlceras no estômago, a identificação inconteste de uma úlcera duodenal somente foi relatada por Matthews Baille, em 1799 (citados por Robinson, 1995). As descrições iniciais do quadro clínico de úlceras gástrica e duodenal perfuradas datam de 1727 e 1746, com Rawlinson e Hambergeri, respectivamente (citados por Hugh, 1990), e somente em 1817, Benjamin Travers publicou o primeiro artigo sobre um grupo de pacientes com essa enfermidade (citado por Lau & Leow, 1997).
Em meados do século XIX, o diagnóstico de perfuração de úlceras pépticas constituía um evento incomum, muitas vezes associado a lesões do sistema nervoso central e queimaduras, havendo somente 234 casos de perfurações gástricas publicados por Brinton em 1857 (citado por Hugh, 1990). No início do século XX, a relação de úlceras gástricas para duodenais era de até 45:1, tendo-se a úlcera duodenal como afecção muito rara(1,4,5).
O desenvolvimento inicial dos procedimentos cirúrgicos para a úlcera péptica foi totalmente