Tristes Trópicos
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
RAFAEL OURIQUES
DIOGO XAVIER
ALESSANDRO ANTONIO
Análise apresentada como requisito para a obtenção de nota parcial da disciplina Antropologia Cultural, pelo Curso de Licenciatura em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco, ministrada pelo professor Caesar Sobreira.
Antropologia Cultural
LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. 1. Ed. São Paulo. Companhia das Letras, 1996. p. 233 – 244.
As viagens de Lévi-Strauss ao Brasil “remoto” existente em meados da metade do século XX e expostos no livro que nos foi dado a leitura e análise, Tristes Trópicos, são, como relatado em suas páginas, fruto da escolha entre a solidão que reproduz a máquina de uma cultura herdada e a tristeza desse caos caleidoscópio do mundo que se deixa entrever, do qual, como viajante que era o autor, prefere seguir a segunda condição: a de navegante solitário, fiel à própria narrativa e senhor de suas histórias. É, antes de tudo, como instruído logo no inicio do livro em pauta, um viajante que vê com os tristes olhos de quem sabe e percebe que o mundo começou sem o homem e terminará sem o mesmo, ou que todos os mitos, estilos e linguagens são construções de sentido sempre a beira do vazio, ainda indo um pouco além, acredito ser os tristes olhos de um antropólogo que observa nos “trópicos”, suas fontes de estudo, uma “perenidade rustica” com os dias contados ante a modernidade que já se avizinhava. O capitulo estudado e submetido a nossa analise critica pós-leitura é O Mundo Perdido, pertencente à sétima parte do livro, nominado Nambiquara.
Em O Mundo Perdido, o autor inicia seus escritos elencando a preparação minuciosa necessária a sua empreitada ao centro brasileiro, o cerrado obscuro, desconhecido do próprio Brasil, uma fronteira que permanecia um mistério e parecia convidativa a desbravadores, sobretudo antropólogos sedentos pelo exótico. A viagem a esse insólito Brasil pressupõe a