Trinta e cinco anos foram necessários
Quando nota-se os olhos de um bebê iguais aos da mãe, está se falando de genética, Sua história se iniciou em 1865, quando o monge Gregor Mendel revelou o resultado de suas pesquisas sobre as características hereditárias das ervilhas. Ninguém sabia explicar até então porque os filhos se pareciam com os pais. A hereditariedade já era um mistério que intrigava povos orientais alguns milênios antes da era cristã. Na Babilônia encontrou-se uma pedra datada de 4000 AC na qual se via a linhagem de 5 gerações de cavalos com diferença no formato da cabeça e da crina. A pedra tentava mostrar como essas características se transmitiam através das gerações. Muito mais tarde, Pitágoras e depois Aristóteles esforçaram-se para explicar a semelhança entre pais e filhos. No final do século 18, a invenção do microscópio facilitou a observação da união dos espermatozóides e dos óvulos em sapos e peixes. Os cientistas não pareciam acreditar nas evidências que o microscópio mostrava. Estavam certos que o espermatozóide era o único agente da hereditariedade. Para eles o óvulo não tinha a menor participação na futura criança, sendo apenas o local para o desenvolvimento e alimentação do embrião. Foi o monge-jardineiro quem ofereceu a chave para a compreensão da hereditariedade humana. O pai da genética moderna, em uma de suas pesquisas cruzou ervilhas lisas com rugosas. Como resultado, obteve flores que continham exclusivamente ervilhas lisas. Aí deduziu que o caráter liso diminava o rugoso. As plantas desse cruzamento foram deixadas á auto-fecundação. E as novas vagens nascidas tinham sementes lisas e rugosas na proporção de 3 para 1. Suas pesquisas foram ignoradas por 35 anos. Em 1900, os pesquisadores De Vries, Corners e Tschermark redescobriram suas obras. Os pensamentos sobre hereditariedade não era nova na época de Mendel. Vários pensadores entre eles Hipócrates e Aristóteles já haviam proposto décadas antes. A grande novidade proposta primeiramente por Hipócrates, denominada