Transexualismo
Ao longo da história, existiram diversas manifestações de pessoas que se sentiam pertencentes a outro sexo. Só em meados do século XX esse fenômeno recebeu o nome de transexualismo. A concretização de desejo de pertencer, não apenas psíquica, mas também fisicamente, ao sexo oposto, através de cirurgias só ocorreu em 1931 e até 1951 repetiu-se poucas vezes.
Nos últimos tempos o transexualismo tem se tornado merecedor de atenção por parte de estudiosos, pois embora continue raro é um fenômeno cuja manifestação desperta muito interesse, principalmente por levar o individuo a ponto de sofrer uma alteração corporal irreversível, essa alteração só é feita nos órgãos genitais. Estes são vividos pelos transexuais como corpos estranhos.
Quais seriam os rumos do sofrimento psíquico de um transexual, caso a biotecnologia não lhe socorresse? Ou melhor, quais são os complicados processos presentes na construção dessa identidade, que nega com todas as suas forças, depara-se com a realidade corporal que contém. Veremos neste trabalho, um pouco do que foi pesquisa sobre o transexualismo, bem como, um estudo de caso para evidenciar algumas características que serão exaltadas por nos.
2 - OS ESTUDOS DO TRANSEXUALISMO
Ao adentrarmos neste tema, percebemos que o Transexualismo ainda é um campo de pouca exploração, e que ainda não possui uma origem definida. As pesquisas em psicologia e psicanálise também não são definitivas quanto a sua clínica. Tentaremos aqui descrever o que há de fundamental nesse quadro e definirmos alguns conceitos para continuarmos o nosso trabalho. Identificamos que muitos pesquisadores tentaram explicar o nascimento do transexualismo e para isso, buscaram evidenciar o mesmo através de diversos fatores biológicos e psicológicos.
Nas questões relacionadas aos fatores biológicos, existem diversas teorias hormonais, dentre elas destacaremos algumas:
Dörner Propõem que o cérebro é organizado sob a dependência