Tradução colonial
Tradução escrita (XVI e XVII)
Realizada por missionários;
(na evangelização dos índios e do ensino dos brancos nos colégios jesuítas)
Léxico e sintaxe das línguas indígenas permitiram organizar dicionários e gramáticas.
(essencial para se comunicar e traduzir resumo de doutrinas e livros escolares)
Latim
Presença obrigatória nos colégios jesuítas, porque nele tinham sido escritas ou traduzidas todas as grandes obras da Antiguidade;
Os missionários utilizavam os recursos da tradução para ensinar os jesuítas e índios;
(fazia parte do método “da gramática e tradução”)
Nas escolas se utilizava o latim para escrever exercícios e se comunicar.
(nos finais de semana se usava o português e em casa a língua materna indígena)
Censura no império português (XVI):
Os textos utilizados nesse período eram examinados pelo relator do Santo Ofício, que obrigava o autor a fazer alterações na obra, caso essa viesse a ser contra os princípios da Igreja;
Sujeitos à vigilância: a impressão, a venda e entrada de livros vindo do estrangeiro e da metrópole.
Obs.: As obras literárias traduzidas na colônia eram enviadas à metrópole e eram submetidas ao processo de censura e, por fim impressas; se não enviadas, permaneciam em forma de manuscritos.
(a maioria desses manuscritos não chegaram aos dias atuais)
A primeira tradução brasileira do português para o tupi
Foi a Suma da doutrina cristã, anterior a 1557, de autoria do padre João de Azpilcueta Navarro, S. J. (Espanha, BA, 1557), famoso por seu talento linguístico;
Coube ao padre José de Anchieta (Espanha, 1534-1597), seu sucessor e extraordinário linguista, completar sua gramática inacabada e publicá-la em Lisboa em 1595.
Obs.: Há quem menospreze a literatura de Anchieta por ser mais religiosa que poética.
Tradutores pioneiros do Séc. XVII:
Gregório de Matos Guerra, poeta barroco, advogado e crítico de costumes. Traduziu Gôngora e Quevedo (MG, 1633-1669);
Dom Diego Gomes Carneiro