Pós Colonialismo e Tradução
PÓS-COLONIALISMO
São Paulo
2011
Introdução
Este trabalho foi realizado através dos estudos da tradução pós-colonialista de Munday, Esteves, Mello e Vollet e tem por objetivo apresentar uma breve descrição de como a tradução e imperialismo foram parceiras para a conquista e ocupação das colônias e a relação de poder entre os países colonizados e colonizadores. Como as práticas de tradução sempre foram dependentes dessas relações e como ó trabalho do tradutor foi sempre sujeito aos interesses das culturas dominantes na manutenção do poder. O estudo da tradução e imperialismo nasceu nos anos 80, quando se percebeu que a tradução sempre foi um canal indispensável da conquista e ocupação imperiais.
A Colonização e a Imposição do Cristianismo
Ao desembaraçar em terras do Novo Mundo, conquistadores tinham que encontrar modos de se comunicar com os povos conquistados, dominá-los e catequizá-los.
Exemplos desses fatos são:
1. A conversão para o cristianismo dos nativos filipinos pelos colonizadores espanhóis católicos. Textos espanhóis deveriam ser traduzidos para o tagalo (língua nativa dos filipinos), e os missionários deveriam aprender a língua nativa para utilizá-la nas pregações, porém alguns termos-chave não foram traduzidos como: Dios, Espiritu Santo, Jesu-cristo. Os termos em tagalo que poderiam der empregados eram considerados inferiores aos do espanhole, por isso, não eram capazes de expressar todo o significado Cristão.
2. Outro exemplo das relações de poder que envolvem a tradução é o caso da Dona Marina ou Malinche. Em 1519, um conquistador espanhol, Hernán Cortês, confiou à sua amante e intérprete nativa mexicana, Malinche, o trabalho de se comunicar com os habitantes do território que Cortes queria dominar. Numa das cidades de Nohua, Cortes foi recebido com pedidos de paz, mas dizem que Malinche teria ouvido uma mulher da região falar de uma emboscada que os homens de lá