Medicamento e Saúde em Portugal
O Medicamento e a Saúde em Portugal não se resumem apenas a uma face técnica e científica. É necessário considerar a burocracia referente à via jurídica, económica e social do medicamento. O medicamento existe como um cruzamento entre diferentes áreas sociais como a ciência, a tecnologia, a saúde – quer da pessoa, quer de outros seres vivos - e a economia.
Os doentes tendem a classificar o medicamento segundo diferentes critérios: a qualidade e aconselhamento do profissional de saúde, o preço, o tempo de dosagem e via de administração.
No entanto, o medicamento não pode ser escolhido apenas segundo a vertente do doente. Devido
à
sua
complexidade
(propriedades
físico-químicas,
farmacotoxicológicas, galénicas, farmacocinéticas, farmacodinâmicas e clínicas de cada medicamento em particular), as opiniões da indústria farmacêutica devem também ser tidas em consideração. De facto, na perspectiva da utilização prática de cada medicamento deve-se considerar de forma integral a totalidade das suas propriedades.
Daí a necessidade de troca de pontos de vista entre os vários peritos de várias especialidades, em medicina, farmácia, estatística, biotecnologia, entre muitas outras, que analisaram cada aspecto particular do medicamento.
A sociedade tornou-se, ao longo dos tempos, dependente do medicamento, sendo importante considerar diversos aspectos como a actividade industrial, a publicidade, a educação e a legislação.
O desenvolvimento dos medicamentos parte da investigação sobre o princípio activo em função das diversas patologias. É necessário considerar a origem do princípio activo como parte integrante do medicamento, tendo em conta a sua origem etnobotânica ou quimiotaxonómica no caso dos produtos de origem natural, a sua síntese química, como modificação de moléculas existentes ou como resultado de uma descoberta aleatória. O processo de Investigação & Desenvolvimento é, por estas razões, uma fase de