Teoria e prática da tradução
Avaliação Final
Inicialmente os estudos da tradução conferiam prioridade ao original e a boa tradução deveria preservar o significado da essência do texto de partida. Nida e Catford são dois representantes dessa visão denominada essencialista ou tradicionalista em que questões de espaço e tempo não influenciavam a tradução. Para eles, o leitor, quando entrasse em contato com o texto de chegada, poderia recuperar e vivenciar as intenções do texto, que o autor quis transmitir. Mas, apesar de ainda conceber a tradução como igualdade de valores, Nida já considerava os aspectos culturais envolvidos na tradução e não somente os fatores lingüísticos, como Catford.
Mas, foi na última metade do século XX que as visões tradicionalistas começaram a ser criticadas por estudiosos que viam a tradução a partir de uma perspectiva contextualizada e histórica. Essa abordagem histórica deu origem à linha dos Estudos de Tradução, conhecida como Escola de Manipulação, tendo como um de seus representantes o teórico André Lefevere. Para esse autor, em toda tradução há manipulação do texto fonte para um propósito definido, pois toda tradução, por mais cuidadosa que seja, é sempre uma “manipulação” e uma interação entre culturas, necessitando assim de ajustes.
Os movimentos de reação ao essencialismo chegaram ao seu ápice com os trabalhos de teóricos como Jacques Derrida, Stanley Fish e Jacques Lacan. Enquanto o essencialismo visa oferecer ao tradutor caminhos para que ele possa encontrar a perfeita equivalência entre o texto-fonte e o texto traduzido, Fish e Derrida, argumentam contra essa noção de que há um significado inscrito nos textos e que eles são protegidos de mudanças. Para esses estudiosos a visão de Catford é muito tradicionalista, pois não considera os espaços envolvidos e a comunidade interpretativa.
A reflexão pós-moderna passa então a se opor à abordagem tradicional de encontrar as verdades absolutas em relação ao tempo e ao