Com esse texto verificamos como cada época compreendeu ao adoecimento, para Platão médico seria aquele que está sempre atento ao “pathos”, às paixões, pois as doenças apresentam-se como excesso de paixão, onde tentará restabelecer, assim o equilíbrio pulsional. Foi a partir dessas idéias que passamos a compreender, classificar e tratar, porém levando em consideração cada contexto histórico em suas várias metapsicologias. Na Grécia pré-socrática, o sofrimento psíquico era um castigo dos deuses irritados com a Hybris dos homens, como algo externo. Em substituição ao modelo mítico-teológico surge uma visão racionalista com Hipocrátes dizendo que a loucura era uma perda da razão ou controle emocional, entendida como um efeito do desarranjo na natureza orgânica do homem, ou seja, algo interno/biológico, que terá grande influência na medicina nos séculos XVIII e XIX. Com a visão medieval a loucura está intimamente ligada à possessão demoníaca, ganhando espaço com a expansão do cristianismo, onde quem fosse louco, tinha que se purificar, existindo assim as fogueiras. Porém nos séculos XV e XVI as explicações religiosas em relação à loucura começa a perder terreno, na medida em que o estudo da medicina avança e a noção do louco passa a ser alienado. Pinel em 1801, publica seu tratado Médico-filosófico sobre a alienação Mental, criando a especialidade da Medicina e posteriormente a Psiquiatria. Pinel diz que não se poderia compreender o conceito mesmo de alienação se não se enfoca, quero dizer, às paixões violentas ou exasperadas. No final do século XIX, surgiu à necessidade da sintomatologia, conhecer para classificar. Ainda nesse período ocorreu o aparecimento da expressão psicopatologia como disciplina organizada, fundamentada pelo psiquiatra e filósofo Karl Jaspers que visava descrever e classificar as doenças mentais. Como sabemos não existe um único termo que possa entender o que é a psicopatologia, devido a sua multidisciplinaridade, porém