trabalho e medo

Trabalho e Medo

O medo está presente em todos os tipos de ocupações profissionais, inclusive nas tarefas repetitivas e nos trabalhos de escritório, onde parece ocupar um papel modesto.
Usando a construção civil como exemplos, achamos dois tipos de riscos: o risco exterior e na maioria das vezes inerente ao trabalho, independente da vontade do trabalhador. E o risco mais frequente, o risco coletivo, que na maioria das situações do trabalho onde vários operários colaboram na mesma tarefa.
Quase sempre se propõe aos trabalhadores apenas medidas preventivas individuais, que podem ter um caráter material (dispositivos de proteção) ou um caráter psicológico (regras de segurança).
O problema do medo no trabalho surge da oposição entre a natureza coletiva do risco residual (risco que não é completamente eliminado pela organização do trabalho) e a natureza individual e psicológica da prevenção a cada instante de trabalho. Conta este medo, os trabalhadores elaboram defesas especificas. Quando são muito eficazes, praticamente não se encontra mais nenhum traço do medo no discurso do trabalhador. Assim para estuda-lo, é preciso procurar pelos sinais indiretos que são justamente estes sistemas defensivos.

1. Os sinais diretos do medo
Saúde física e condições de trabalho: estas são claramente apontadas pelos trabalhadores como fonte de perigo para o corpo.
O medo relativo ao risco pode ficar sensivelmente amplificado pelo desconhecimento dos limites deste risco ou pela ignorância de métodos de prevenção eficazes. Além de ser um coeficiente de multiplicação do medo, a ignorância aumenta também o custo mental ou psíquico do trabalho.

1.1) O risco pode ser real, mas não quantificável, não há meios para a medir os riscos de uma empresa em relação a outra.
1.2) Ao se referir a “tensão nervosa”, falamos de ansiedade. Trabalhadores da construção civil afirmam que estão longe de estarem sobrecarregados por suas atribuições, entretanto, mesmo quando a atividade requer