Trabalho RH
Remuneração e competências: Retórica ou Realidade? – Estudo de caso
2. AUTOR
Júnia Marçal Rodrigues: Pesquisadora associada do Núcleo Interdisciplinar sobre Gestão em Organizações (Não) Empresariais (Nig.one/UFMG) e do Observatório de Recursos Humanos em Saúde – UFMG. Professora substituta da FACE/UFMG. Professora do Instituto J. Andrade. Mestre em Administração pelo Cepead-UFMG
3. PALAVRAS CHAVE
Remuneração,
competências, desempenho, gestão de pessoas, organizações 4. OBJETIVO DO ARTIGO
Este artigo objetiva refletir sobre a articulação entre práticas de remuneração e a noção de competências mediante a análise de um modelo organizacional. A crescente utilização da noção de competências como referência para a gestão de pessoas desperta o interesse na forma como se aplica ao processo de remuneração em face das limitações do sistema tradicional de remuneração num contexto de constantes mudanças. Por meio de pesquisa qualitativo-descritiva, tendo como principal instrumento para a coleta de dados a entrevista semi-estruturada, verificou-se que a vinculação entre remuneração e competências ocorre por meio processo de avaliação de desempenho, e que se fazem presentes várias contradições entre a concepção do modelo e sua aplicação, instigando uma discussão sobre a retórica e a realidade desse tipo de prática. Além disso, percebe-se a complexidade e a diversidade de variáveis envolvidas na arquitetura de um modelo de remuneração e sua operacionalização.
5.REFERENCIAL TEÓRICO
Sobre remuneração
A gestão da remuneração nas organizações se traduz na operacionalização de programas e estruturas de pagamento que podem ser identificadas com base em dois eixos: o modelo tradicional, que tem como referência o cargo para a consolidação dos planos de cargos e salários, e a abordagem estratégica, que tem como principio central o reconhecimento da contribuição das pessoas como fator a ser remunerado, principalmente por meio dos programas de remuneração