Trabalho Ferrarezi
Quando se fala em pesquisa, o pesquisador que se defina “de educação”, seja ele de qualquer origem acadêmica, deve se interessar fundamentalmente pela questão da educação, o que o leva a dar importância à própria educação e por outro lado aos efeitos de pesquisa sobre ela. O autor explica que uma ciência jamais surgiu em um espaço vazio, ela sempre se constrói conquistando um espaço onde já havia outro tipo de discurso. A área da educação é um espaço saturado de discursos diversos e múltiplos. Há discursos de diferentes tipos que negam o interesse ou a legitimidade de um discurso cientifico especifico sobre a educação, entre esses discursos estão:
a) O discurso espontâneo → Cada um tem uma experiência de educação e sabe, ou acha que sabe, alguma coisa,mas isso não se confunde em ter uma opinião e produzir um saber. Ao fazer uma pesquisa em educação é preciso sair da esfera da opinião e entrar no campo do conhecimento, pois um discurso cientifico sobre educação não deve ser um discurso de opinião, ele não será cientifico se não se controla seus conceitos e não se apoia em dados. Para uma produção cientifica existem regras e elas são diversas,se não há regras, não há pesquisa e sim uma conversa informal sobre educação.
b) O discurso do “pratico” →Acredita saber porque tem uma prática, ele opõe sua pratica às teorias com o argumento de que ele pode apresentar resultados, enquanto o teórico só pode falar. O prático está preocupado somente em legitimar sua pratica, sem abrir-se para novos conhecimentos.
c) O discurso dos “antipedagogos”→ Todo ser humano é dotado de razão, e a educação é um encontro entre a razão humana e os conhecimentos. Não há “problema pedagógico”, ao contrário, a pedagogia perverte a juventude, inventando artifícios para aprender no prazer. O problema pedagógico fundamental está em obter de