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Os primórdios da democracia grega

Pode-se dizer que o surgimento da pólis, na Grécia antiga, foi um dos mais importantes aspectos no desenvolvimento da civilização grega. Apesar de estarem geograficamente localizadas dentro do território grego, possuíam total autonomia política. Com uma estrutura organizacional impressionável para época, serviu de modelo e inspiração para os sistemas políticos das cidades-estados que vieram posteriormente. Inclusive diversos aspectos desse modelo de mais de dois mil anos atrás, ainda é assimilado em nosso sistema contemporâneo, o que se mostra inquestionável a qualidade evolutiva das pólis gregas. A princípio, estas cidades eram governadas sem leis escritas, mas com o desenvolvimento político, se tornou evidente para os cidadãos atenienses a necessidade de se ter leis escritas, pois, dessa forma, se evitava abuso de poder por parte daqueles que o detinham. Também se acreditava que lei escrita, era lei igual para todos, sendo que os próprios magistrados e as mais altas classes, independentemente da fortuna que possuíam, estariam sujeitas a norma anteriormente positivada. O que nos remete ideia trabalhada mais recentemente da segurança jurídica. Garantir um direito igualitário, ponderado, de modo a não beneficiar uma classe especifica ou outra, se tornou palavra de ordem nas lutas políticas e assim é até hoje.
Outro efeito, também causado por essa nova concepção do surgimento da pólis grega, que serviu como grande modificador das tradições foi essa nova estrutura organizacional do Estado, que foi um elemento que, entre outras coisas, remodelou a forma familiar que já estava enraizada naquela sociedade.
A democracia se mostra onipresente nos dias de hoje, exceto em algumas poucas e isoladas exceções. O berço dela se deu em Atenas, por volta do século V a. C. onde gradualmente, o poder dos comerciantes foi aumentando, devido à expansão marítima ateniense. Com maior notoriedade econômica, foi possível o embate de frente com os grandes