Trabalho Antropologia 1 A Miss O
Durante o mês de Julho de 2013 estive observando toda a movimentação quanto às manifestações nas ruas, seja no Rio, em São Paulo, Brasília e afins. Num primeiro momento, observei somente pela televisão, onde via algo com um caráter revolucionário, talvez voltado mais para a baderna e para o sentimento de "estar na rua" do que qualquer outra coisa. Confesso que tudo mudou ao observar a situação de dentro.
No dia 20 de junho de 2013, se reuniram na Avenida Rio Branco na cidade d Rio de Janeiro cerca de um milhão e meio de pessoas, que em uníssono gritavam "Vem pra rua", uma 'galera' sedenta por mudanças, e isso me tomou de uma forma que resolvi me juntar a essa galera.
Cerca de duas horas de caminhada tranquila, pessoas com faixas, alguns carros de som que gritavam palavras de ordem contra a corrupção e os corruptos, quando de repente começou. Bombas de gás lacrimogêneo, gás de pimenta, balas de borracha e diversos outros tipos de armas letais começaram a ser usadas contra os manifestantes, sem ao menos distinguir certos de errados, a polícia civil "partiu para cima" de praticamente todos (exceto os que conseguiram se abrigar em algum lugar dito seguro, pois nem as estações de metrô e trem se fizeram livres do perigo.). Há relatos de pessoas que foram alvejadas por gás dentro de estações de metrô fechadas, como foi o caso da estação Central. Pessoas atacadas com bombas de gás de pimenta dentro do trem em estações ferroviárias como a Central e ainda aqueles que ficaram encurralados dentro de prédios.
Ao fim da noite de manifestação, se pôde ver que o povo brasileiro havia acordado. Porém, pôde se ver também o quanto ainda somos "oprimidos" pelas autoridades corruptas. Há quem diga que a população conseguiu o que queria. Outros, como eu, que têm plena certeza de que ainda há muito a se fazer.
Jonatas Nascimento De Souza.