Tipologia de jung nas empresas
Márcia de Fátima Plonka
Extraído da monografia: A Tipologia de Jung nas Empresas (PUC/PR - 1998)
A empresa, como instituição de hegemonia deste século - como o foram a Igreja, a Coroa e o Estado nos séculos passados - exerce forte influência na determinação de papéis sociais e na definição de preceitos morais, embasados em padrões de produção por ela estabelecidos. Com efeito, o homem deste século considera a si mesmo primeiramente como produtor.
E é exatamente com este homem "produtivo e institucionalizado", que inúmeras vezes abdica do seu processo de crescimento individual e social, por não conseguir diferenciar-se do sócio-cultural, que deparamo-nos nas empresas. Quer campo de trabalho mais amplo para o psicólogo de orientação junguiana que tem como "pano de fundo" o processo de individuação?
Felizmente, pelo menos no discurso, as empresas há muito tempo já perceberam que a produtividade está intimamente relacionada com a satisfação do ser humano no trabalho.
O advento da qualidade reforçou esta premissa com a demonstração de que não existe efetiva qualidade no trabalho que não pressuponha qualidade de vida, a segunda incluindo necessariamente a saúde mental.
Vários autores têm apontado para a necessidade de se valorizar o "humano" (em toda sua amplitude) nas organizações. Um exemplo recente é o da Inteligência Emocional. Daniel Golemam transformou em best-seller seu livro quando , embuído de argumentos científicos, questionou a ditadura da razão, demonstrou que existem outros tipos de inteligência além do tradicional QI (Quociente de Inteligência) e colocou a questão emocional como fator decisivo para a qualidade de vida individual e coletiva. Questões que não são nenhuma novidade aos profissionais que trabalham com saúde mental já que são postuladas há mais de trinta anos, tiveram grande impacto nas organizações. O interesse das empresas decorre em grande parte, da necessidade das mesmas de buscarem