Texto do paolo grossi mitologias juridicas da modernidade
Faça uma resenha do texto “Mitologias Jurídicas da Modernidade” parte 1, de Paolo Grossi.
O título deste texto retrata os mitos criados até a modernidade, acerca do Direito, pois acreditava-se em um Direito estável, baseado em leis legítimas, desconsiderando as diferentes circunstâncias. Ao se deparar com as dificuldades, encontra um Direito incapaz de resolver todas as questões.
O direito moderno confunde-se com a lei, mas diferencia-se quanto à justiça. Este direito é imposto aos homens do povo, por meio de leis criadas por um superior (Estado Moderno, mais especificamente de um Parlamento; agentes políticos) a um inferior (homens trabalhadores comuns e sua comunidade), sem levar em conta as reais necessidades das comunidades sociais envolvidas nesse processo, de modo passivo e direto, sem espaço para contestações e uma visão crítica. O ideal é a justiça, porém esta é buscada se possível, mas caso não seja alcançada, devemos obedecer às leis injustas também.
O historiador do direito tem como função observar o passado, comparando-o ao tempo presente e projetando soluções futuras. Deste modo, a visão autoritária e absoluta que se tem hoje sobre o direito, as leis e a justiça, pode ser amenizada analisando o direito medieval, no qual prevalecia mais a justiça. A única relação entre essas duas épocas é a relação com o direito, onde atua(va) um sistema jurídico, mesmo de modos totalmente controversos.
Na época medieval, o direito era executado e incorporado de modo natural, a partir do momento em que o homem divide-se em comunidades, atendendo às necessidades sociais; enquanto que no moderno, o direito é algo instrumental, pertencente aos interesses do poder político.
Na perspectiva medieval, o homem, sendo um ser social, era um ser autônomo, com liberdades de escolha, sem obrigações perante as leis de um superior, mas de leis internas da comunidade, como a colaboração e a solidariedade entre seus