teoria politica
O povo Suruwahá é constituído de onze etnias que sofreram com a dizimação por ocupação de terras para extravio da borracha e sorva.
Alguns foram assassinados nas invasões, outros morreram devido ao contato com o“homem branco” que lhe trouxeram diversas doenças.
Hoje os Suruwahá habitam a região do Rio Purus – AM, numa área de 239.070 hectares homologada pela FUNAI em 1991, não contando com mais de 200 pessoas.
Os primeiros contatos com os Suruwahá ocorreram nos anos 70 através de entidades religiosas e posteriormente a FUNAI.
Logo uma faceta da nova nação indígena descoberta chamou atenção daqueles que entraram em contato com eles, que era o alto índice de suicídios entre os membros da tribo.
Apesar de suicídio entre índios não ser uma novidade, ocorrendo entre os Paresi, Tikuna e Yanomami.
O caso mais alarmante chamou a atenção da mídia em 1995 quando houve um crescimento acentuado do suicídio entre os Guaranis, no Mato Grosso do Sul, chegando a 55 pessoas que deram fim a vida.
Contudo, entre os Suruwahá o suicídio ou “morte ritual” como prefere chamar o professor Dal Poz em seu artigo “Crônica de uma morte anunciada: Do Suicídio entre os Suruwahá”, tem contornos bem diferentes, sendo uma característica marcante na dinâmica social do povo.
Os Suruwahá vivem todos numa única oca grande, espalhados aleatoriamente por famílias, consangüíneos e afins. No centro da oca fica “o dono da casa”, aquele que a construiu com ajuda de outros homens da tribo. É o dono da casa que faz todos os reparos nela. Construir uma oca, que leva até dois anos, é umas das tarefas que demonstra maturidade masculina.
Entre os Suruwahá não há uma chefia, ou pajé, mas, a sociedade é estratificada, sendo os “caçadores” os mais prestigiados entre eles. Aquele que consegue caçar o maior número de antas para alimentar a família e a tribo goza de prestigio e privilégios.
Há uma forte diferenciação entre os