Teoria política
Na disciplina de Teoria Política II analisamos as principais obras de três autores clássicos: Maquiavel, Hobbes e Locke e seus livros, respectivamente: O Príncipe, Leviatã, Segundo Tratado sobre o Governo. Refletimos sobre os principais aspectos e os debates mais relevantes presentes em cada um deles. Junto com a reflexão permanecem algumas indagações a cerca de certas ideias e intenções dos autores. Essas reflexões e indagações serão abordadas nos próximos parágrafos. Maquiavel na sua obra mais conhecida, O Príncipe, aborda questões relevantes e que foram fundamentais no aprendizado da disciplina e das RI como um todo. O autor faz a separação entre a ética pública e a privada, que é a doutrina central do realismo clássico e neoclássico. Ele afirma em seus escritos: “Há uma moral para a esfera privada e outra bem diferente para a pública. A ética política permite algumas ações não toleradas pela moralidade privada.” Outro ponto relevante abordado pelo autor é a importância do Estado – Estadocentrismo. Maquiavel acreditava que os homens eram egoístas e, com isso, justificava a presença de um Estado forte, coercitivo, onipotente. O Estado, nessa visão, constitui o núcleo normativo. É preciso focalizar as lutas de poder nos Estados e sua lógica. O autor ainda levanta a questão da secularização da política, que é característica de seu pensamento e de sua obra. Maquiavel possui uma concepção amoral da política, separando-a da moral cristã. Com isso, ele dessacraliza a atividade política, mostrando que a moral seria produto do poder. Mais um ponto importante, depreendido dos estudos desse clássico, é a visão da história do poder, que seria cíclica. Maquiavel analisa as ações dos estadistas dos tempos passados (e presentes), concebendo os fatos históricos como sendo cíclicos. Em suma, sua obra caracteriza a tradição do pragmatismo, que analisa a política externa sob uma ótica amoral. A principal indagação, que a meu ver, permanece depois da