Teoria da Comparação Social
A teoria da Comparação Social partiu inicialmente das idéias de Gordon Allport, mais tarde, Leon Festinger orientado por Kurt Lewin ( considerado o pai da Psicologia Social ) aprimorou a teoria distinguindo a comunicação em dois tipos; as comunicações instrumentais que visam à obtenção de alguma mudança na situação do grupo, tendo esta maior ênfase em sua teoria; e as comunicações consumatórias, que atingem sua finalidade uma vez emitidas pela pessoa, independentemente do efeito produzido, estas decorrentes de estados emocionais como por exemplo, raiva, alegria ou hostilidade. A posteriori, Festinger volta-se aos estudos de outra teoria na qual obteve maior destaque, a Teoria da Dissonância Cognitiva.
Em linhas gerais, na teoria da Comparação Social, os sujeitos avaliam seus desejos e opiniões através da comparação com outros indivíduos e propõe que existe em todas as pessoas uma tendência para avaliar as suas opiniões e aptidões pessoais; na ausência de meios objetivos não sociais, as opiniões e aptidões próprias são avaliadas, comparando-as com as opiniões e aptidões dos outros; e ainda que, a tendência para se comparar com o outro, diminui à medida que aumenta a diferença entre o próprio e o outro, tanto nas opiniões como nas aptidões. A linha de pensamento de Festinger atenta para dois princípios: 1) precisamos avaliar nossas crenças, afim de concluírmos se estamos a agir adequadamente; 2) como não é possível obter esta avaliação objetivamente, nos associamos aos outros para obtermos as informações que desejamos.
Percebe-se que a teoria gira em torno de duas idéias básicas, a de que a pessoa tem um impulso para avaliar-se a si mesma e de que na ausência de meios não sociais objetivos, a pessoa avalia-se por comparação com outras pessoas. Ou seja, todos queremos saber até que ponto, somos bons em qualquer coisa que fazemos, por vezes existe um critério objetivo bastante óbvio de auto-avaliação, mas na maioria dos casos, não existe