Politica e Economia
Na década de 70 e 90 vimos o Brasil conviver as agruras intermináveis de uma inflação galopante desde 1985, tivemos Plano Sarney, Plano Bresser, Feijão com Arroz, do Mailson da Nóbrega, Plano Verão, usamos de todos os meios mirabolantes, fiscais do Sarney no supermercado, até polícia federal no "pasto" na busca dos bois que se ausentaram de nossos açougues e churrascos de domingo.
Foram mais de 10 anos de guerra e nas pessoas em geral já existia uma desesperança em relação a um dia a gente "domar" o monstro inflacionário.
Mesmo o presidente Collor que se elegeu com pompa e circunstância e dizia que tinha uma arma com um único tiro para matar esse monstro, pereceu na sua luta para outro monstro que ainda nos assola, o da corrupção irrefreada.
A cultura inflacionária ficou tão arraigada em nosso DNA sócio político cultural, que ainda hoje, mesmo quem não viveu nesse tempo, se protege colocando cláusulas de atualização e correção nos contratos, resquício memético desse longo e negro período econômico do Brasil.
Mas o que mais interessa nessa analogia é que com o remédio certo, com persistência e fundamentalmente com mobilização das pessoas, de sua capacidade de entendimento, é possível se combater e reduzir essa alarmante corrupção política no Brasil.
É preciso combater a desesperança, é preciso mostrar as pessoas que isso não é um “mal necessário” e que isso não é natural na política. Não que não exista a corrupção em outros países pelo mundo afora. Mas da mesma forma que nossa inflação era algo inimaginável em qualquer país, chegando a 84% ao mês, nossa corrupção é um fosso interminável que corrói de forma contínua e profunda a riqueza que o povo brasileiro gera e entrega ao governo na forma de impostos, como um bando de ratos come a gorda safra de milho estocada no paiol do agricultor.
Nessa série de artigos, vou mostrar alguns remédios para combatermos esse mal, pois somente com esclarecimento, com debate