Nascimento das teorias psicológicas sobre a justiça
A autora inicia o texto, no primeiro capítulo, apresentando as contribuições da psicologia americana que vão desembocar nas investigações sobre as concepções de justiça. Ela apresenta a Teoria da Privação Relativa que “afirma que a satisfação ou insatisfação das pessoas, nas situações sociais, não são diretamente relacionadas à objetiva qualidade de suas recompensas ou riquezas, mas são socialmente determinadas pela comparação social entre suas recompensas e uma espécie de padrão que essa pessoa adota”.
O segundo capítulo a autora apresenta as contribuições de um campo específico de pesquisas conhecido como “psicologia social da justiça”. Este campo possui uma história própria e introduz questões de suma importância para a psicologia e para o direito. Esta história começa com o fim da II Guerra Mundial, com investigações científicas a respeito da justiça na distribuição de riquezas nos Estados Unidos da América.
No terceiro capítulo, é abordada ainda uma teoria americana conhecida como crença no mundo justo que esclarece a reação das pessoas frente às injustiças, bem como a interpretação que as pessoas fazem dos acontecimentos fortuitos ou infelizes da vida. Utiliza-se essa teoria como exemplo para introduzir os níveis de análise que a psicologia pode usar para explicar um fenômeno. Isto porque estes níveis de análise vão ajudar na compreensão dos aspectos das concepções de justiça que são universais e também daqueles aspectos que são regionais. Este capítulo traz uma consideração importante sobre a tendência que as pessoas têm de desvalorizar, ou mesmo de culpar, as vítimas de acontecimentos injustos.
A justiça e a injustiça, faz de maneira conjunta com a noção de igualdade e desigualdade. A autora apresenta a psicologia social da justiça, originalmente norte-americana, analisando-a de uma perspectiva da psicologia social francesa, sobretudo a partir das recentes