sociologia
Numa análise atenta da Psicologia Social da Justiça, concluímos que esta área disciplinar é de extrema importância para o estudo do Direito. Nesse sentido, vimos que ambas as disciplinas caminham juntas, pois enquanto a psicologia se esforça em compreender as condutas humanas, o direito se preocupa em normatizá-las e controlá-las. A Psicologia Social da Justiça estuda as causas e as consequências dos julgamentos subjetivos do que é justo ou injusto. Ao contrário dos filósofos como Aristóteles, Platão, Kant, Marx ou Rawls que tentaram definir quais as normas que devem governar as sociedades, os psicólogos sociais têm estudado o que as pessoas pensam estar certo ou errado, ser justo ou injusto e compreender como as pessoas justificam esses julgamentos. De fato, sabemos ser muito importante conhecer o que o homem comum pensa sobre a justiça porque a investigação tem mostrado que as pessoas agem e reagem em função do que pensam que é justo. Tyler et al. (1997) distinguem quatro eras na investigação da justiça: a era da privação relativa (início 1945); a era da justiça distributiva (anos 60 e 70); a era da justiça procedimental (anos 80 e 90); e a era da justiça retributiva (em emergência nos anos 90). Nós acrescentaríamos a justiça reparadora que surgiu a partir do final dos anos 80 e assume grande relevância atualmente.
A TEORIA DA PRIVAÇÃO RELATIVA Privação relativa é um julgamento de que estamos numa situação pior em comparação com uma determinada situação padrão (componente cognitiva da privação relativa), julgamento este que está ligado a sentimentos de raiva e ressentimento (componente emocional da privação relativa) (Tyler et al., 1997). Ou alternativamente, segundo Crosby (1982), a privação relativa refere-se a um sentimento e implica uma relação entre uma realidade objetiva e uma realidade subjetiva. Por exemplo: Ficará um aluno que teve 16 como classificação numa disciplina,