Tempos modernos, analise economica
Economia e Linguagem
Diversos aspectos da teoria de Karl Marx e da teoria de Adam Smith aparecem no filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, como forma de crítica dos autores ao moderno pensamento da sociedade industrial, com a marginalização exagerada do operariado e com a implantação de máquinas no meio industrial, além da substituição da mão-de-obra dos operários pela modernização da linha de produção, que caracteriza o Fordismo que consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra.
Refém da burguesia, o proletariado passa a vender a sua força de trabalho. A personagem principal se sujeita a um serviço estressante e repetitivo, usando a si próprio como fonte de capital. A utilização do seu serviço se dá única e exclusivamente com o intuito de vender-se, como uma mercadoria sem ter conhecimento do produto final que irá produzir com o seu trabalho. Isto se define ao Taylorismo que propunha uma intensificação da divisão do trabalho, ou seja, dividir as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas repetitivas. Diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo.
O trabalho, que segundo Marx deveria ser fonte de realização para os seres humanos, transforma-se em uma atividade alienante e isso fica explicito em uma fala do vagabundo ( o próprio Charles Chaplin): “Teremos uma casa, nem que eu tenha que trabalhar por ela!”. Outros exemplos da visão marxista que Chaplin expressa nesse filme, podem ser vistos em cenas como a que o Vagabundo passa a apertar os botões das roupas das pessoas, da mesma forma como aperta os parafusos na linha de montagem. Seu trabalho é tão mecânico, tão impassível de questionamento que o