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ISSN 2236-451X
A RAZÃO POLÍTICA: ESTADO MODERNO E RACIONALIDADE EM
HENDRIK SPRUYT, CHARLES TILLY E CARLES BOIX
Eric Monné Fraga de Oliveira1
Resumo:
A temática da racionalidade possui uma centralidade quase incomparável no pensamento moderno e, portanto, nas Ciências Humanas como um todo, apesar das diversas críticas que foram feitas ao longo das últimas décadas à ideia de que o ser humano é um ser predominante ou essencialmente racional. No presente artigo, discutimos como essa temática se mantém presente na Ciência
Política, através da análise de três obras exemplares da teoria política durante os últimos vinte anos, todas pertencentes a diferentes filiações teóricas. A partir das abordagens de Hendrik Spruyt,
Charles Tilly e Carles Boix, pretendemos mostrar como o pensamento contemporâneo acerca do
Estado moderno continua pautado pela problemática da racionalidade. Concluímos que, de maneiras distintas e em diversos graus de explicitude, os três autores atribuem centralidade ao papel da racionalidade dos agentes sociais tanto em processos relativos à formação do Estado moderno quanto em processos de democratização e desdemocratização.
Palavras-chave: Racionalidade; Estado Moderno; Ação Racional; Processos de Democratização.
Resumen:
El tema de la racionalidad tiene una centralidad casi incomparable en el pensamiento moderno y, por lo tanto, en todas las disciplinas de las Humanidades, pese a las innúmeras críticas que han sido hechas, al largo de las últimas décadas, a la idea según la cual el ser humano es, esencial y predominantemente un ser racional. En el presente artículo, nosotros discutimos la actualidad de ese tema en la Ciencia Política a través del análisis de tres obras ejemplares de la teoría política de los últimos veinte años, todas pertenecientes a ramas teóricas distintas. Partiendo de los abordajes de Hendrik Spruyt, Charles Tilly y Carles Boix,