Tempo, História e a Escrita da História
Há uma clara separação que conecta a valorização em regimes diferentes do passado, presente e futuro na história. O historiador vive o tempo e assim se sente como que obrigado a pensar sobre o tempo, já que há momentos em que a sociedade entra em crise com o tempo.
Se no Regime Grego havia tempo para discussão e convívio em praça pública visto que o tempo era cíclico, as pessoas eram educadas para viver na cidade, o fato do tempo ser longo repercutia diretamente na vida das pessoas, o que mostra certa valorização do passado, já na contemporaneidade há uma clara contração do tempo e ao mesmo tempo uma aceleração o que é colocado com muita propriedade e verdade pela expositora do Vídeo Olgária Matos, que sita Benjamin dizendo que o mesmo destaca o tempo como uma linha progressiva abstrata, vazia. O tempo é visto como o inimigo e o passado é menos concebido e visto como uma “coletânea de precedentes do que como uma história que tem que ser contada e lembrada”.
Uma citação muito marcante colocada que vale a pena ressaltar aqui pela expositora no vídeo foi que “As rugas são marcas nas nossas faces das grandes paixões que nos estavam destinadas e que nós os Senhores não estávamos em casa.” Colocação que expressa justamente à idéia de contração e aceleração do tempo mostrando que não conseguimos viver tudo o que nos estava destinado.
No regime moderno, segundo Tocqueville: “Quando o passado não mais lança luz sobre o futuro, o espírito