Síntese da Pedagogia da Autonomia. Completo
Não há docência sem discência
Não existe apenas o ato de querer ensinar e ignorar o aprendizado, uma se relaciona com a outra. Paulo Freire realça a importância de ter uma reflexão crítica da prática pedagógica e que é indispensável à relação entre teoria/prática, pois caso contrário, poderá haver um declínio no ato de ensinar onde a teoria irá ser apenas palavras e a prática se tornará ativismo. A prática pedagógica é uma troca de saberes entre professor /aluno. A partir do momento que o professor consegue instigar o aluno pela curiosidade de buscar o conhecimento, o mesmo começa a analisar criticamente ao seu redor e desenvolve a “curiosidade epistemológica”. De fato indica que:
O necessário é que, subordinado, embora à prática "bancária", o educando mantenha vivo em si o gosto da rebeldia que, aguçando sua curiosidade e estimulando sua capacidade de arriscar-se, de aventurar-se, de certa forma o "imuniza" contra o poder apassivador do "bancarismo". Neste caso, é a força criadora do aprender de que fazem parte a comparação, a repetição, a constatação, a dúvida rebelde, a curiosidade não facilmente satisfeita, que supera os efeitos negativos do falso ensinar. Essa é uma das significativas vantagens dos seres humanos - a de se terem tornado capazes de ir mais além de seus condicionantes. Isto não significa, porém, que nos seja indiferente ser um educador "bancário" ou um educador "problematizador. (FREIRE, 1996, p.13).
1.1 Ensinar exige rigorosidade metódica
O educador deve ser capaz na sua tarefa como docente não apenas ensinar os conteúdos de forma mecânica seguindo as apostilas de ensino rigorosamente, mas também deve ter a capacidade de fazer que os alunos pensem de maneira clara. Para isso o educador precisa ser inovador, instigador, inquieto, rigorosamente curioso, humilde e persistente. O docente deve ser claro e objetivo mostrando para os educando que o conhecimento não é uma simples transferência, é uma troca de saberes. Existe um ditado