Subjetividade E Sociedade
A SUBJETIVIDADE DE INDIVÍDUOS SEM RELIGIÃO NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Trabalho apresentado para Nota de Avaliação Final da disciplina
Subjetividade e Sociedade, ministrada no Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará Sociais. Prof. Leonardo Sá Damasceno
FORTALEZA
2014
1 INTRODUÇÃO Neste trabalho, pretendo abordar a temática da religiosidade entre os jovens no Brasil, mais especificamente a presença da categoria de pessoas que se intitulam como "sem religião". A religiosidade é um aspecto que influencia na formação da subjetividade dos indivíduos e está presente em cada sociedade das mais diversas formas e representa uma dimensão cultural que possui grande relevância na dinâmica social, sendo por isso importante o estudo desse assunto. Embora o ateísmo, o ceticismo, o agnosticismo e outras definições atribuídas à pessoas sem religião não possam ser considerados formas de religiosidade, entram nessa temática por representarem uma forma de pensamento que encontra-se em constante conflito com a religião. Através de pesquisas realizadas nos últimos anos a FGV (Fundação Getúlio Vargas) verificou um crescimento significativo do número de pessoas sem religião no Brasil nos últimos 20 anos, um fato que despertou meu interesse. A pergunta que surgiu a partir dessa inquietação foi "quais seriam os fatores que têm influenciado os jovens e provocado esse crescimento?" e posteriormente "Como os jovens percebem a religiosidade?". Dentro dessa percepção, espero nesse trabalho destacar a visão desse grupo específico sobre a dinâmica política brasileira com relação à sua definição como Estado laico. É interessante notar que, para efeito dessa pesquisa quantitativa realizada pela FGV, foi criada a categoria "sem religião", que abrange pessoas como agnósticos, ateus e aqueles que apenas se declaram como não vinculados a doutrinas religiosa, também categorizados como céticos. Ainda que a categoria inclua indivíduos que não são