Subjetividade novas abordagens
Resende, Anita C. Azevedo – UFG – UCG
GT: Psicologia da Educação / n.20
Agência Financiadora: CNPq
A emergência do mundo moderno colocou em causa a constituição de novos personagens, novas realidades históricas que desafiaram o pensamento e redimensionaram as possibilidades de reflexão acerca dos objetos que foram se constituindo. Fosse o indivíduo, trabalhador livre para oferecer-se como força de trabalho, fosse a sociedade urbano industrial, que se constituiu e revolucionou, o que estava em questão era a emergência de novas realidades históricas que implicaram novos desafios ao conhecimento. Conhecer e compreender esses novos objetos constituiu um programa que consubstanciou vasta tradição científica no campo das ciências humanas e sociais e se firmou no contraponto das vertentes positivistas que pretendiam explicar e descrever os processos históricos em curso.
Esse programa travou uma luta contra a teoria da ciência na qual o conhecimento se transformara e os desenvolvimentos da Psicologia enquanto ciência do mundo moderno foram os emblemas do enfrentamento que esteve na origem mesmo das ciências humanas e sociais. Consolidada no quadro de rearticulação do poder burguês que buscava se estabelecer, a psicologia –como as demais ciências humanas- se debateu entre o programa explicativo-descritivo de previsibilidade e controle positivista e o programa compreensivo –analítico de crítica e emancipação histórica nas suas diferentes versões. O que fundamentalmente se colocou em pauta foram os princípios explicativos que possibilitariam (des)cortinar ou (re)velar as complexas realidades que se constituíam na objetividade e na subjetividade no mundo moderno em desenvolvimento.
Frente aos desafios desse novo mundo no qual se constituíram o indivíduo e a sociedade, um tema que foi se fazendo privilegiado no campo da psicologia foi precisamente o da relação e constituição de um e de outro. Nesse sentido, a