A Subjetividade Na Sociedade De Consumo Resenha
As autoras analisam a questão do sofrimento narcísico a partir de uma leitura da sociedade atual, caracterizada como sociedade do consumo, e como esta produz formas de subjetivação que caracterizam esse sofrimento.
Campos (2007), ao comentar sobre a atualidade do mal-estar, deixa em evidência os diverso fenômenos contemporâneos, além dos motivos intrínsecos da psicanálise, que justificam a investigação e o resgate dessa temática da psicanálise aplicada, a interpretação da Cultura.
A sociedade atual é caracterizada pelos moldes do neoliberalismo, o enfraquecimento das instituições, mudanças nas relações sociais e do trabalho, que também é caracterizada pelo desemprego e altos índices de violência urbana, caracterizando uma insegurança geral. E como toda organização social, corrobora para a subjetividade preponderante naquela sociedade, assim como é sustentada por ela.
A partir de interpretação da Cultura a partir de uma visão psicanalítica, o texto procura “captar/acompanhar a construção dos processos identificatórios projetivos e introjetivos” (pg. 27) da relação entre a sociedade do consumo e a personalidade narcísica.
O narcisismo aqui descrito diverge da constituição do narcisismo descrito por Freud, seria o narcisismo de morte, ou anti-narcisismo, melhor detalhados mais a frente. O narcisista contemporâneo é visto como aquele provado de amor do outro e de si mesmo, e seu sofrimento psíquico não deve ser usado como uma outra forma de violência da cultura, a psicologização.
A sociedade de consumo: excesso e privação
Uma das características mais protuberantes desse modo de organização social é o excesso, inclusive o excesso de imagens, principalmente as com intuito publicitário. Como polo oposto, existe ainda a privação, derivada do próprio excesso, produzindo uma sociedade da