Steindl - Estagnação e Maturidade no Capitalismo Americano
Capítulo I – A teoria da concorrência perfeita
Steindl busca compreender à guiza da teoria da concorrência perfeita e da teoria da concorrência imperfeita (Robinson) alguns elementos importantes da teoria da firma, a saber: teoria de formação dos preços, incerteza, rigidez de preços e capacidade excedente. Assume que a teoria neoclássica impede o entendimento destes elementos, à exceção da contribuição de Hicks sobre os preços rígidos que maximizam o monopólio. Quanto à teoria de Robinson, Steindl aponta grandes contribuições, embora não explique a capacidade excedente, tido para a autora como um ponto de equilíbrio donde os preços estão acima dos custos marginais, que são subtraídos conforme ao mercado se somam mais ofertantes. Steindl mostra casos onde a planta poderia ser dimensionada de tal modo a inexistir capacidade ociosa e setores não passíveis de novos ingressantes (como o caso do cimento nos EUA) mas que mesmo assim se verifica sua persistência quando feita a análise histórica.
Abandono da teoria de concorrência perfeita leva a alguns problemas a serem solucionados. Primeiro, não existe homogeneidade de produtos, pois clientes possuem relação não-econômica com as firmas. Assumindo homogeneidade no modelo para facilitar, nos depararíamos com a solução dos preços unitários desparelhos, pois desconhecemos a utilização da capacidade de cada firma, o que leva a preços médios e marginais distintos, não almejando a mensuração dos lucros líquidos e brutos.
Capítulo II – O conceito de capacidade excedente
Conceito de capacidade excedente é um equilíbrio de longo prazo que vai além das incertezas das variações da demanda, assenta-se este conceito no crescimento do mercado (ou da clientela) como função do tempo. A indivisibilidade e a durabilidade da planta impossibilita a resposta linear das firmas ao crescimento da demanda. A subjetividade do empresário do quantum de capacidade