paradigmas e teorias da firma
Teorias Econômicas da Firma
Paulo Bastos Tigre
Professor do Instituto de Economia da UFRJ
Recebido: fevereiro/2005 Aprovado: abril/2005
RESUMO
Este artigo analisa a evolução das teorias da firma à luz das mudanças tecnológicas ocorridas em três paradigmas: (i) a Revolução Industrial britânica, que dominou a economia mundial durante todo o século XIX e foi a base de observação para a elaboração da teoria neoclássica; (ii) o paradigma Fordista, que efetivamente deu origem à economia industrial; e (iii) o paradigma das Tecnologias da
Informação, cuja construção teórica está baseada, principalmente nas correntes evolucionistas e neo-institucionalistas. A análise da evolução das teorias da firma e sua relação com paradigmas organizacionais distintos mostra que não existe um corpo teórico único e coerente, pois as teorias estão condicionadas por diferentes filiações metodológico-teóricas, enfocam aspectos distintos (produção ou transação) e baseiam-se em contextos institucionais, históricos e setoriais diversos. Conclui que o processo de mudanças tecnológicas e institucionais exige que a teoria evolua continuamente, adotando aportes interdisciplinares e recorrendo mais sistematicamente a pesquisa empírica.
PALAVRAS -C HAVE
Teorias Econômicas da Firma; Paradigmas Tecnológicos;
Evolucionismo; Tecnologias da Informação e Comunicação
CÓDIGOS JEL
L10; L20; O33; N60
Revista Brasileira de Inovação
Volume 4
Número 1
Janeiro / Junho 2005
Paulo Bastos Tigre
ABSTRACT
The structure of the world industry is constantly affected by technological innovations and by an institutional dynamics which destroy and create firms and markets. Historically, the increasing speed of these changes has demanded a continuous reformulation of the economic theories dealing with the firm. This article examines such theories under the analytical framework of technological change in three paradigms: (i) the British