Sofrimento psiquico
O trabalho é uma condição fundamental à vida do homem desde a época pré-histórica e vem se modificando tanto quanto se avança a sociedade e as tecnologias. A maior parte do tempo do trabalhador é passada no ambiente de trabalho e este não é somente uma forma de sobrevivência como também de inserção social onde estão fortemente implicados aspectos tanto físicos quanto psíquicos. Por esse motivo, o trabalho tem sido objeto de investigação de estudiosos de várias abordagens.
Não obstante os estudos entrelaçados á temática trabalho que trazem em seu bojo temas como absenteísmo, mecanismo de defesa e sofrimento psíquico percebe-se que pouco tem se dado atenção ao absenteísmo pensado como estratégia de defesa psíquica do trabalhador no ambiente laboral. Dessa forma, portanto, esta pesquisa se justificou pela viabilidade de pensar o absenteísmo como um possível mecanismo de defesa.
Neste estudo com o objetivo de relacionar o fenômeno do absenteísmo e as estratégias defensivas foi a princípio, no Capítulo 01, apresentado a Psicodinâmica do Trabalho como uma disciplina cujo estudo se volta às relações dinâmicas entre a organização do trabalho e os processos de subjetivação que se manifestam nas vivências de prazer e sofrimento (MENDES, 2007). No segundo Capítulo foi conceituado o termo Absenteísmo, entendido como ausência do trabalhador no ambiente de trabalho por qualquer motivo. O Capítulo 03 tratou do termo Estratégias Defensivas do trabalhador segundo Dejours, para esse autor essas estratégias são definidas como regras conduzidas e construídas pelos trabalhadores e que variam de acordo com as situações de trabalho, fazendo com que estes suportem o sofrimento sem adoecer. Por conseguinte, o quarto Capítulo relacionou o Absenteísmo às Estratégias Defensivas respondendo, dessa forma, ao seguinte problema de pesquisa: Na perspectiva da Psicodinâmica do Trabalho, o absenteísmo pode ser considerado um mecanismo de defesa?
Assim, foi possível