sofrimento psiquico no trabalho
Segundo Beck, Budó e Gonzales (1999 apud MARTINS, 2008), dizem que o indivíduo que possui um bom convívio familiar, um bom relacionamento consigo mesmo e com as pessoas que se relaciona, pode ter relações melhores no ambiente do trabalho. Interessante a colocação de que o trabalho não é neutro na vida do ser humano, ou ele influenciará em favor da saúde ou da doença. Para Martins (2008), ou é um gerador de saúde, ou um constrangimento patogênico.
Também merece atenção entender que a psicodinâmica do trabalho dedica-se à análise dos processos químicos envolvidos na confrontação do sujeito com a realidade do trabalho (DEJOURS, ABDOOUCHELI 1994B apud MARTINS, 2008).
O trabalho, dentre outras funções, faz com que o indivíduo crie uma identidade, promovendo assim a saúde mental do mesmo. No momento que essa identidade não é efetivada, que o trabalhador não se sente parte do trabalho, ocorre a desestruturação e o surgimento do sofrimento (DEJOURS 2000, apud MARTINS, 2008).
Brant e Minayo-Gomez (2004) introduzem o entendimento de sofrimento com o pensamento de que o mesmo não é algo generalizado, mas, individual, ou seja, cada um reconhece sofrimento de acordo com sua cultura, histórico e condições diversas. Os autores também pontuam que sofrimento é uma dimensão intolerável nas empresas, e, que é uma manifestação em viver em um ambiente não favorável.
A pesquisa realizada por Merlo et. al. (2003), mostra o adoecimento das trabalhadoras em questão, no que diz respeito a saúde física e mental,