sobrecarga psíquica nos profissionais de saúde
Considera que o trabalho tem proporcionado a determinadas categorias profissionais o sofrimento psíquico. O sofrimento é na verdade uma constante de conflitos existentes entre a Organização do Trabalho e o desempenho psíquico do homem.
Supõe-se que a atividade de lidar com dor, sofrimento e morte no trabalho expõe os trabalhadores de enfermagem a um desgaste físico e mental intenso. Não significa considerar o trabalho, a priori, como fonte de sofrimento. Ao contrário, é através dele que o individuo se constitui como sujeito, afirmando sua identidade e seu desejo de ser reconhecido socialmente o trabalho tem, portanto, virtualmente, um poder estruturante em relação ao equilíbrio psíquico dos indivíduos.
A UTI parece oferecer e tornar-se um dos ambientes mais tensos e traumatizantes de um hospital. Os diversos fatores não atingem apenas os pacientes; mas sim toda uma equipe multidisciplinar que ali atua e principalmente a equipe de enfermagem, esta dedica e atua diariamente e por um período maior com cenas de sofrimento; isolamento e até a morte.
A unidade de terapia intensiva, por toda sua contextualidade e complexidade; por sua constante e dinâmica rotina a torna uma unidade geradora de estresse, sendo várias as principais manifestações: cansaço físico e mental, tensão e ansiedade
As diversas e freqüentes intercorrências inesperadas; tais como: mudanças repentinas no estado clínico de um paciente que se encontrava estável mudam totalmente o ritmo de trabalho envolvendo diretamente a enfermagem aumentando assim os níveis de tensão e ansiedade. Desta forma é que estas situações desencadeiam inquietude em toda a equipe e os faz avaliar as capacidades pessoais de conviver no ambiente da UTI. Esses sentimentos podem levar a frustração, raiva, falta de confiança em si próprio, diminuição da satisfação com o trabalho e até depressão.
Os profissionais da enfermagem que trabalha em UTI são confrontados