Sobrecarga dos cuidadores de idosos
INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um fenômeno proeminente e de escala global e multidimensional caracterizado pelo queda da fecundidade e aumento da expectativa de vida que resultam em uma mudança do perfil demográfico e epidemiológico da população e têm levado ao aumento progressivo da incidência de doenças crônicas não transmissíveis e incapacitantes no idoso, entre elas os transtornos mentais e as doenças cardiovasculares.
É um processo em que há um comprometimento da homeostase, ou seja, o equilíbrio do meio interno do organismo, causando uma progressiva vulnerabilidade perante a sobrecarga fisiológica com possíveis alterações na dependência física, cognitiva e emocional que acometem grande parte da população idosa, resultando no comprometimento de sua autonomia e aumento da demanda de cuidados permanentes assim como o aumento da sobrecarga de trabalho dos grupos de cuidadores, sendo estes os responsáveis pela função de cuidar da saúde do idoso e melhorar seu bem estar físico e emocional, como também prestar assistência de acordo com a patologia apresentada pelo paciente. Diante disso há a necessidade de maior atenção não apenas para a pessoa idosa mas também para o cuidador, uma vez, exposto ao risco de adquirir doenças ocupacionais decorrentes do excesso de trabalho que, muitas vezes, envolve situações angustiantes e perturbadoras.
Sobrecarga dos cuidadores e Qualidade de vida
As estruturas de suporte social e de saúde existentes para as famílias dos idosos e dos cuidadores se mostram frágeis no Brasil, constituindo uma rede de atenção básica e de saúde preventiva precárias como também o processo de reabilitação de doenças crônicas já instaladas, onde o cuidador exerce seu papel de forma solitária e com maior sobrecarga de trabalho e comprometimento de sua qualidade de vida.
O cuidador deve responsabilizar-se pela rede de cuidados necessários ao idoso. No entanto, é comum o desconhecimento sobre como