Antecedentes da Independência da América Espanhola / Império do Brasil
O processo de Independência da América Espanhola está diretamente relacionado às transformações que ocorreram desde o século XVIII, com o advento das ideias iluministas na Europa, até o século XIX com as invasões napoleônicas, contribuindo para o despertar de vários movimentos liberais e nacionalistas.
A insatisfação em relação ao exclusivo colonial conduzia as elites coloniais e os comerciantes locais a buscarem no contrabando e na produção interna alternativas para a livre comercialização de seus produtos. As Reformas Bourbônicas representavam uma nova postura em relação à colônia, na qual a metrópole buscava enrijecer e revitalizar a lógica do Pacto Colonial. A repercussão dessa atitude foi decisiva para o desencadeamento da crise final do sistema colonial.
Apesar da dinamização das relações comerciais entre Espanha e suas colônias, a elite criolla que havia experimentado as vantagens oferecidas pelo comércio com os ingleses, tornava-se cada vez mais consciente dos benefícios do livre comercio. E toda a sustentação ideológica do movimento de independência é proveniente dos ideais liberais iluministas.
Embora estivessem presentes nas lutas de libertação a situação das classes populares pouco ou mudaria com a independência, já que a vanguarda da elite criolla no processo de independência, formando as chamadas juntas governativas a partir de seus cabildos, tornou o processo de emancipação da América Espanhola, conservador e elitista. Portanto, os ideais populares e sua participação no processo eram vistos com temor e ameaça aos interesses dos setores dominantes da colônia.
Outro fator fundamental para a independência da América Espanhola foi o apoio externo de Estados Unidos e Inglaterra. O primeiro, através da Doutrina Monroe de 1823, já projetava de forma incipiente, a construção de uma influência sobre o continente americano, e por isso tentava afastar qualquer ingerência europeia na América.
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